Sebastião Cezar Franco (Cezar) e Paulo Roberto Franco (Paulinho) nasceram na cidade de Piracicaba, no interior paulista. Filhos de Craveiro, da dupla com Cravinho, cresceram ouvindo modas sertanejas e acompanhando intermináveis rodas de viola dentro de casa. Entre os participantes dos encontros, estavam gente como Tião Carreiro, Belmonte e João Mulato, entre uma série de ícones do gênero caipira.
Ainda crianças, fizeram a primeira apresentação como dupla em um programa da Rádio Difusora de Piracicaba, cantando um tema de Léo Canhoto. A estréia não se deu por acaso. O apresentador da atração era o pai dos garotos, que viu desde cedo a aptidão pela música.
Apadrinhados pela dupla João Mineiro & Marciano, Cezar & Paulinho gravaram o primeiro disco em 1974. “Venha me dar suas mãos” teve como destaque a música “O Calvário” e abriu as portas para que os irmãos assinassem com a extinta Chantecler.
O primeiro sucesso veio em 1981, com “Noite maravilhosa”, faixa título do quarto álbum dos sertanejos. Ainda na década de 80, Cezar & Paulinho gravaram “Coração marcado” (82), “A explosão da música sertaneja” (83), “Asa delta voando livre” (85), Grand prix do amor” (86), “Viajante Solitário” (87) e “Cezar & Paulinho” (89).
Na década seguinte, a dupla registrou mais sete álbuns, com destaque para “Você marcou pra mim” (98), que inclui o sucesso “Pé de Bode” – aquela do refrão “puta que pariu pisa no freio Zé”. Dosando cada vez mais as músicas típicas sertanejas com temas do cotidiano, Cezar & Paulinho gravaram ainda “Nós é Caibói” (2000), “Alma Sertaneja” (de 2001, um projeto especial somente com o resgate de clássicos rurais), “Cezar & Paulinho ao vivo” (2001) e “Dois amigos, dois irmãos (2002).
Apaixonados pelo interior, eles continuam morando em Piracicaba. Nos anos 80, Paulinho chegou a ficar quatro anos em São Paulo, mas retornou cheio de saudades do campo. Parceiros ideais na música, os irmãos têm passatempos diferentes nos momentos de folga.
Cezar é um apaixonado por futebol, especialmente pelo XV de Piracicaba. Na juventude era um torcedor fanático, de acompanhar todos os jogos do time no estádio. Mais que isso: ele diz que, se não fosse músico, seu destino seria escrito como um lateral-esquerdo não muito técnico, mas voluntarioso.
Paulinho prefere a pesca. Como bom adepto da prática, conta sua maior façanha: ter fisgado um jaú de 51 quilos no Mato Grosso do Sul. Além do anzol, ele é aficionado por corridas de automóvel. Acompanha desde as provas da Fórmula 1 até as categorias menores. E, como seus finais de semanas costumam ser de shows, pede para que a família grave todas as provas que passam na TV, garantindo a programação do resto da semana.