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Romanceiro da Erva Mate

César Passarinho

Naquele dia, por simpatia
Se achegou, sentou ao meu lado
E me olhou e me serviu
Mate com açúcar queimado

Voltei logo, vim de longe
Troteando a felicidade
Naquele mate com açúcar
Me deu somente amizade

Tua vida é sentida
No calor de cada mate
Na invernada do amor
Há sabor de vida e sorte

Passei a vagar pelos campos
Dia e noite a pensar nela
Pra dizer que em mim pensava
Fez um mate com canela

Colhi as flores do campo
Trouxe brincos e um anel
Querendo casar comigo
Me serviu mate com mel

Mas não quis partir comigo
Ai, quanta tristeza eu trago
Pra dizer tenho outro amor
Me deu mate muito amargo

Sete vezes eu voltei
Mas desisti afinal
Só pra me mandar embora
Me serviu mate com sal

Composição: Luiz Coronel / Caco Coelho / Asaph Borba





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