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Entre os Mouros da Tropilha

César Oliveira, Lúcio Yanel e Rogério Villagran

Entre os mouros da tropilha hay um que é mui "melindroso"
Que o índio sendo sestroso não enfrena, nem encilha
Entre os mouros da tropilha um "cabano" me arrepia
Não temo "la policia" quando trago ele calçado
Pra prosear com o delegado dentro da delegacia

Entre os mouros da tropilha "me gusta" muito um retaco
Flete de guerra, um naco, pras garras de um farroupilha
Entre os mouros da tropilha falo de um que me facina
Sinto me encharcar a retina, "mira lo que son las cosas"
Batizei de rouba-moça depois que roubei a china

O meu instinto se apotra quando amanheço aporreado
Com meu sombreiro tapeado de encostar uma aba na outra
Minhas esporas marotas se adelgaçam nas presilhas
Porque conhecem a forquilha que vem de buçal na mão
Pra embuçalar um macharrão entre os mouros da tropilha

Entre os mouros da tropilha a mim me agrada da estampa
E um machaço mouro pampa com uma Braga na virilha
Entre os mouros da tropilha um mouro do mesmo pêlo
Parece que "alza vuelo" no vai-e-vem do confronto
Quando leva nos encontros o refugo pra sinuelo

Entre os mouros da tropilha um "oscuro" flor de pingo
Pra uma tarde de domingo é uma xucra maravilha
Entre os mouros da tropilha pra uma noite de bochincho
Chego a escutar o relincho de uma imagem sonhadora
Com orelhas de tesoura, mouro garrão de capincho!

Composição: Rogério Villagran





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