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Xucro Encanto

César Oliveira e Rogério Melo

Bombeio sombra e requinto a alma do meu sombrero que
uso tapeado
Buçal torcido, rédeas ponteadas e um mouro pampa bem
arrendado
Uma espuma branca molha o bocal
Sinal de doma pra quem compreende
Que o sacrifio de um domador, sustenta o vicio dos que
pouco entendem

Mas é domingo e eu já me vejo boleando a perna junto a
cancela
Naquele rancho aonde habita o xucro encanto dos olhos
dela
Flor do aguapé más linda no hay
Porque cabresteia e aguento o tirão
Sou índio domero que costeia potro mas tu embuçala o
meu coração
Sou índio domero que costeia potro
Mas tu embuçala o meu coração

Ando judiado, tenho sofrido com um baio ruano que deu
veiaco
Menos mal que Deus me faz costado
Mas não facilito e nem solto os meus cacos
'Um homem tem sempre mais tempo que vida'
Escutei de um paisano
que fala o que pensa
Os ferros calçado e as garras apertada,
Me ajoelho nos bastos e sustento a minha crença
Os ferros calçado e as garras apertada,
Me ajoelho nos bastos e sustento a minha crença

Mas é domingo e já me vejo boleando a perna junto a
cancela
Daquele rancho aonde habita o xucro encanto dos olhos
dela
Flor do Aguapé más linda no hay
porque cabresteia e aguento o tirão
Sou indio domero que costeia potro mas tu embuçala o
meu coração.
Flor do aguapé más linda no hay
Porque cabresteia e aguento o tirão
Sou indio domero que costeia potro mas tu embuçala o
meu coração

Flor do aguapé más linda no hay.. porque cabresteia e
aguento o tirão......

Composição: Rogério Villagran





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