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Morenita

César Oliveira e Rogério Melo

Morenita pampa, de estampa que agrada
Chinoca lindaça que passa floreando
Quando o sol da tarde ainda arde bronzeando
E eu me sombreio em tua mirada

E adoço de um trago do largo sorriso
Que tu me regala e embala por graça
Carinho só teu, que é meu se tu faça
Com um jeito que assoma e me toma o juízo

Morenita linda
Que ainda levanto na anca do mouro
Um estouro de pingo
E sabe que a flor, qual amor de um domingo
Me faz um pedido e um rasguido te canto

Malícia inocente
Malícia inocente que a gente revela
Quando por prazer de não ser um segredo
Destapa o que sinto e requinto sem medo
O que não se nega e me entrega pra ela

Morenita xucra, retruca o desejo
De ser a paysana da gana que tenho
E eu mesmo reponto te conto que venho
No rastro que trouxe o doce do teu beijo

Pois quando tu passa lindaça e bendita
Por ti me abagualo e regalo um floreio
Teu cheiro no vento, lamento de anseios
Apotra um querer por tu ser morenita






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