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Machaço Confronto

César Oliveira e Rogério Melo

A chuva calma acolhera uma semana inté a charqueada ainda falta um eito de chão

Sinto saudade dos carinhos da paysana china adorada pra quem dei meu coração

O gado arisco marcha firme ao despacito maneco rosa abre o peito e chama a tropa

Negro buenacho conhece as manhas de um grito que sarandeia quando a goela se alvorota

Negro buenacho conhece as manhas de um grito que sarandeia quando a goela se alvorota

E o meu gateado mui delgado pede boca e o meu sombreiro sobre o poncho se faz quincha

Quando a garoa que era mansa fica louca e a cavalhada ponteando a tropa relincha

Tem um parceiro que não sai do meu costado e quando atiço vai na ponta e vem de volta

Um cusco baio por amigo batizado um companheiro que do estribo não se solta

Dom amarante entonado sobre as garras desdobra o mundo nesse machaço confronto

Escora o tombo das mágoas campeando farras e um cinco salsos leva o resto nos encontros

Tropeando anseios se templo friente al destino pois é por quebra que um fronteiro se retrata

Ouvindo o berro da tropa de pêlo fino enforquilhado pechando boi na culatra

Ouvindo o berro da tropa de pêlo fino enforquilhado pechando boi na culatra


E eu por taura tenho inté a alma estropiada mas não há nada que faça eu trocar de rumo

A mala suerte me castigou nas volteadas mas algum dia deus me ajuda e eu me aprumo

Levanto a china na anca do meu gateado de pau-a-pique e santa fé ergo um ranchinho

Largo meu pingo lá pro fundão do banhado e passo o resto da vida a tropear carinhos

Composição: Cesar Oliveira / Rogerio Villagran





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