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Floreios

César Oliveira e Rogério Melo

Neste floreioeu empeço
No velho estilo campeiro
Gauchesco e galponeiro
Sem pretensões de sucesso
Mas é por ordem e progresso
Que minha goela se al vorota
E uma ânsia de revolta
Me atormenta o coração
Porque os que logram a nação
Ainda se dizem patriotas

A vida já foi tão bela
E os homens que foram bravos
Voltaram a ser escravos
Do descasco que atropela
Já não hay tranca ou tramela
Que sujeite esta invasão
Cada sonho é uma ilusão
Cada promessa é um fracaso
Vencendo pelo cansaço
Quem luta por terra e pão

Muitos acharam o rumo
Outros perderam a fé
Mas o que fo já não é
E agora o tempo é um consumo
Por isso penso e me aprumo
Me ajoelho e tiro o chapéu
E se a vida é um escarcéu
E deus é a fraternidade
Que seja feita a vossa vontade
Assim como na terra como no céu






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