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Cruzando na Villa Ansina

César Oliveira e Rogério Melo

Quando a noite me surpreende cruzando na Villa Ansina
Da ventena sem cortina recende o cheiro da farra
E uma inquietude me agarra entre fumaça e neblina
E uma inquietude me agarra entre fumaça e neblina

Sujeito minha douradilha, troco meu pala de braço
Me apeio ao som de um gaitaço na encruzilhada da vila
E o mulherio se perfila na sala campeando espaço
E o mulherio se perfila na sala campeando espaço

Refrão:
A cordeona três ilheiras, por gaviona corcoveia
Num ranchito de fronteira quinchado de lua cheia
Alço o liso e fundo branco, pra clarear o pensamento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento

A noite se para pouca depois que armo o mundéu
Brilha um pedaço de céu no olhar de cada morocha
Que bailam de rédea frouxa no aperto desse escarcéu
Que bailam de rédea frouxa no aperto desse escarcéu

Hace tiempo Villa Ansina que tu me corta o caminho
Pra quem vagueia sozinho é o templo da perdição
Onde deixo o coração enredado de carinho
Onde deixo o coração enredado de carinho

A cordeona três ilheiras, por gaviona corcoveia
Num ranchito de fronteira quinchado de lua cheia
Alço o liso e fundo branco, pra clarear o pensamento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento

Composição: Anomar Danubio Vieira / Juliano Gomes





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