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Canoeiro

Cecitônio Coelho

Olho o canoeiro remando a canoa
Pelo rio devagar
Balanço de vento
Vida de um tempo
Movimento a calejar

A reza de sempre
A fé de uma mente
Um jeito de incendiar
Beira de balcedo
De manhã bem cedo
Joga a rede pra pescar

O sol bate forte ele espera a sorte
Tanta fome a machucar
Pobre véio moço
Suor no seu corpo
E a coragem de lutar

Olho o canoeiro trazendo a canoa
Pelo rio vai chegar
A dor que aumenta é dor violenta
Paisagem de um lugar

Ah! se eu pudesse esquecer que você
É dor pra nunca mais chorar
Pra nunca mais chorar
Pra nunca mais







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