Desde novembro de 2001, o cenário do forró não é o mesmo. Tudo por causa do surgimento dos Cavaleiros do Forró e um estilo diferente de fazer forró. Seu primeiro CD, intitulado com o mesmo nome da banda "Cavaleiros do Forró", estourou em pouquíssimo tempo, graças ao hit "Se Réi Pra Lá", uma composição do empresário Alex Padang. E, em pouco tempo, a banda de Natal/RN, conquistou um espaço merecido, tornando-se uma das bandas mais tocadas nas emissoras de rádio do Norte e Nordeste.
O sucesso da música foi tão grande que bandas de renome, como Asa de Águia, procuraram o empresário da banda para a autorização da gravação em seu CD seguinte, e a partir daí, passou a ser tocada por quase todas as bandas baianas nos carnavais fora de época em todo o Brasil, fazendo um forró em pleno corredor da folia. Além da sua música de maior sucesso, outras do primeiro CD ainda são pedidas com freqüência nas emissoras de rádio e nos shows, como: "Volta", "Vá dar trabalho a outro", "Brinquedo de amor", "Você vai ver" e "Caba safado". Ainda em seu primeiro ano, a banda teve seu trabalho reconhecido ao ser indicada em duas das 19 categorias do Prêmio Hangar, realizado no Teatro Alberto Maranhão, em Natal. A banda concorreu e ganhou nas categorias "Melhor CD Popular" e "Melhor Show Popular".
Em 2002, veio "O esporte da mulher - O Karatê", ao vivo, o segundo volume dos Cavaleiros do Forró, com 21 faixas, sendo cinco regravações e um bônus ("Se Réi Pra lá"), sucesso do primeiro disco. Agora, a onda era o "Karatê Carro", o "Karatê dinheiro", o "Karatê Fazenda"... Esse CD veio para consagrar ainda mais o sucesso da banda potiguar, que a essas alturas já tinha percorrido todo o Norte/Nordeste, sempre com recorde de público por onde passa. Nesse mesmo ano, a banda comemorou seu primeiro aniversário em grande estilo, ao lado da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano e da banda Calypso.
Nessa época, com apenas dois anos de estrada, em apresentações realizadas no Chevrolet Hall, em Recife-PE, mais de 20 mil pessoas foram prestigiar os Cavaleiros. Já em Teresina-PI, o público passou dos 30 mil; em São Luís-MA, 40 mil forrozeiros estiveram botando pressão; e em Natal, na Shock Casa Show, 25 mil espectadores assistiram ao melhor espetáculo de forró do Nordeste. De lá para cá, as festas em que Cavaleiros do Forró têm se apresentado, são garantia de sucesso.
Em 2003, foi lançado "Quatro Estilos", o terceiro CD, consagrando o lado romântico da banda, com o sucesso "Alô", em primeiro lugar em quase todas as rádios FM da região Nordeste. "Bebo, rico e brabo" e "Penitência" foram as outras duas músicas inéditas que também fizeram muito sucesso. Ainda no primeiro semestre de 2004, os fãs da banda ganharam um presente: a gravação dos clips das principais músicas dos três CD’s dos Cavaleiros do Forró, e a transmissão deles através dos telões nos shows.
O Acidente
No auge do seu lado romântico, a banda teve duas perdas irreparáveis. Em 03 de maio de 2004, após um longo período de apresentações pelas cidades do Nordeste, a volta para sua cidade Natal não foi igual às outras. O ônibus que trazia os componentes da banda se chocou com a traseira de um outro ônibus, ocasionando um grave acidente em Goianinha, a 54 Km da capital do Rio Grande do Norte. Para o vocalista Inácio e o guitarrista Edivan o acidente foi fatal, deixando seus familiares, amigos e fãs de luto.
Depois de um tempo para se reestruturar emocionalmente, os Cavaleiros do Forró voltaram para os palcos. E, hoje, sentimos que Inácio e Edivan também continuam usando de seus dons, dados pelo Senhor, para animar a festa nos céus. Uma festa que jamais acaba; que alegra e emociona os nossos corações, mesmo que distantes.