Considerado como grande mulherengo, envolveu-se ao longo de sua vida com diversas mulheres, tendo dedicado a algumas delas várias de suas obras. Para a atriz Apolônia Pinto dedicou a canção "Os olhos dela"
Bastos Tigre, em texto publicado no livro Noite de São João, conta que há tempos não via o poeta Catulo, então o dia que o viu achou remoçado e que o ar de mocidade"provinha-lhe da ausência de cabelos brancos, pois ele trazia o crânio raspado a máquina duplo-zero". Respondendo o porquê daquilo, Catulo disse a Bastos Tigre que o seu busto no jardim do Monroe (onde funcionava o Senado Federal), não mais se parecia com ele. "E como eu amo e respeito todas as artes, faço o possível para me parecer com o busto. O meu crânio assim raspado dá mais a impressão de granito, você não acha?".
No cemitério, uma multidão aguardava a chegada do féretro. Sucederam-se diversos discursos que fizeram a cerimônia estender-se até à noite.Quando escureceu, uma imensa lua cheia apareceu no céu e o tenor mexicano Alfonso Ortiz começou a cantar "Luar do sertão". Pouco a pouco um coro de milhares de vozes o acompanhou numa homenagem espontânea ao poeta morto.
Seu corpo foi levado para o saguão do edifício da Associação Brasileira de Imprensa, depois para a Capela de Santa Teresinha, na Praça da República e finalmente levado a pé até o Cemitério de São Francisco de Paula. Conforme o enterro passava, acompanhado por uma multidão e pela Banda do Corpo de Bombeiros entoando a "Marcha fúnebre", o comércio fechava as portas.
Em 1939, encontrando-se em situação financeira delicada, pediu ajuda ao cantor paulista Paraguaçu, que organizou para ele uma série de recitais, com apresentações na Rádio Cosmos, atual Rádio América e também no Palácio dos Campos Elíseos, sendo convidado do governador Ademar de Barros.
O cancioneiro de Catulo, com letras que exprimem a ingenuidade e pureza do caboclo, cativou a sensibilidade do povo e levou Mário de Andrade a classificar o autor como "o maior criador de imagens da poesia brasileira".
Em 1914, foi convidado pela mulher do então Presidente da República Hermes da Fonseca, a senhora Nair de Teffé, a caricaturista Rian, para um recital no Palácio do Catete, onde obteve um dos seus momentos de maior glória, sendo aplaudido de pé pela assistência, ao término de cada apresentação.
O sucesso foi absoluto, com os recitais totalmente concorridos e com seus livros esgotados pelo público ávido por autógrafos do grande poeta. Mesmo assim, o poeta morreu pobre.Antes de seu sepultamento, o escultor Flory Gama fez sua máscara mortuária. Seu corpo foi levado para o saguão do edifício da Associação Brasileira de Imprensa, depois para a Capela de Santa Teresinha, na Praça da República e finalmente levado a pé até o Cemitério de São Francisco de Paula.
Sua primeira composição foi "Ao luar", apresentada numa seresta na República de Estudantes. Na mesma noite, seu pai, Amâncio José da Paixão Cearense quebrou-lhe um violão na cabeça, pois seguira o filho e não o queria envolvido com boêmios.
Em 1939, encontrando-se em situação financeira delicada, pediu ajuda ao cantor paulista Paraguaçu, que organizou para ele uma série de recitais, com apresentações na Rádio Cosmos, atual Rádio América e também no Palácio dos Campos Elíseos, sendo convidado do governador Ademar de Barros.
Catulo, que tinha fama de mulherengo, um dia encontra em seu quarto uma moça semi-despida que faz um verdadeiro escândalo se dizendo violentada pelo poeta. Depois de uma passagem na delegacia e outra na igreja,Catulo se casa. Só depois fica sabendo que tudo não havia passado de brincadeira de amigos. Era uma farsa, sendo que seu casamento nem constava nos assentamentos da igreja paroquial.
Apaixonado pela filha do senador goiano Hermenegildo de Morais, de quem somente se conhece o apelido de "Coleira", devido a um adorno que usava no pescoço. Mas não teve o amor correspondido.
Convidado para uma festa na casa do senador Gaspar de Silveira Martins, ele agradou e, a mulher de Silveira Martins, em retribuição, quis ajudá-lo. Catulo arriscou um pedido de emprego. Ganhou um convite para ser professor dos filhos do casal. Aceitou o emprego e mudou-se para a casa do senador, na Gávea.
Em 1928, publicou "Mata iluminada", "Meu Brasil", "Um boêmio no céu" e "Alma do sertão". Nos últimos anos de sua vida, viveu num barracão na Rua Francisco Méier, nº 21, depois transformada em Rua Catulo da Paixão Cearense. Lá recebia diversas figuras da vida pública e intelectual do Rio, do Brasil e de outros países, como o escritor Monteiro Lobato, o poeta espanhol Salvador Rueda ou o médico e tenor mexicano Alfonso Ortiz Tirado, conhecido como a "Voz Romântica do México". Lá recebia as visitas de chinelo e pijama.
abandonou o trabalho na casa do senador Gaspar da Silveira e foi refugiar-se em Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro, onde fundou um colégio e passou a lecionar, criando novos métodos que tornassem o ensino mais agradável.
Em 1908, conseguiu o que para muitos parecia impossível: levar o violão, instrumento até então considerado maldito, para um salão de elite. Por intermédio do maestro Alberto Nepomuceno, conseguiu realizar um recital no Instituto Nacional de Música, onde, nas suas próprias palavras, "Músicos, literatos, médicos, jornalistas, advogados, engenheiros, professores, diplomatas, misturaram-se a populares". O recital foi um enorme sucesso, fazendo crescer ainda mais a fama do cantor e poeta nordestino.
Após a morte do pai, passou a trabalhar como estivador no Cais do Porto. De dia usava tamancos nos pés e à noite colocava as calças listradas e o fraque forrado de seda e ia para as serestas.
Catulo matriculou-se no Colégio Teles de Meneses, onde estudou português, matemática e francês, chegando a traduzir poetas famosos, como Alphonse de Lamartine (1790-1869) e outros. Fundou um colégio no bairro da Piedade, passando a lecionar línguas.
Quem não conhece ou já não cantou "O Luar do Sertão" de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco? Mas quantos sabem que Catulo foi um poeta de rara inspiração e teve 15 livros publicados?
Catulo da Paixão Cearense (São...