Os violeiros do sertão quase todos estudaram
Foram firmes no trabalho o Da Costa e Zé Matão
O Carreiro já foi bom, Carreirinho também foi
Fizeram carros de boi o Rio Pardo e Odilon
O Craveiro e o Cravinho, Durval e Davi no galpão
Com Marechal e Rondon trançavam laço e chicote
Célia e Celma e suas amigas pegavam barro de liga
Com Brazão e Brazãozinho faziam panela e pote
Zé Mulato e Cassiano só lidavam com boiada
O André e o Andrade tocavam boi no estradão
Irmãs Freitas e as Barbosas com Jacó e Jacozito
Só plantavam mangarito na beira do ribeirão
Otávio Augusto e Gabriel cresceram no rio pescando
Com Eli Silva e Zé Goiano, Duo Glacial de Araraquara
Pedro Bento e Zé da Estrada, Juliana e Jucimara
Que vieram lá da roça e caçavam capivara
O Abel e o Caim que plantavam gergilin
Zé do Cedro e Tião do Pinho engordavam porco espinho
O Lourenço e Lourival com Canário e Passarinho
Só plantavam amendoim com Galante e Marinho
Goiano e Paranaense, João Mulato e Douradinho
Junto com César e Paulinho todos pescavam traíra
O Cacique e o Pajé, Rodrigo Mattos e Praiano
Tocavam viola cantando pros melhores da catira
O Mococa e Paraíso torravam boa farinha
E quem ralava a mandioca era a Pininha e Verinha
Zico e Zeca ainda suspiram pensando em Dono Jandira
As Galvão nos pés e nas mãos estavam sempre ensaiandinhas
Liu e Léu os fazendeiros amigos da vizinhança
Davam o leite pras crianças ainda faziam queijo
O Delley e o Dorivan que só plantavam verdura
Foi um tempo de fartura lá no nosso lugarejo