Me mirando
no fundo dos teus olhos
vou trilhando
o caminho que deus me deu
no balanço
de uma rede no quintal
com o vento
no rosto, nas palhas do coqueiral
Esse verde que chega a doer
das águas de Tambaú
se você me deixa, eu me arretiro
não brigo contigo
bem longe irei chorar, morar
na ponta dos Seixas
Com o amanhecer
a Ponta do cabo branco
em ouro se torna
como posso esquecer
suas areias em prata
o cheiro do mar
o peixe comprado na hora
o barulho das ondas
e o riso da Dora lá atrás
um dia vou voltar
um dia vou voltar
um dia vou voltar