Catarina Maria de França Carneiro mais conhecida como Cátia de França, desde menina aprendeu a dominar instrumentos como o piano, a sanfona e o violão. Mais tarde se interessou pelos acordes da flauta e pela percussão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. De volta ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro, onde contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, 20 Palavras ao Redor do Sol, foi lançado em 1979, com músicas compostas com base em poemas de João Cabral de Melo Neto. Uma música da cantora foi trilha sonora do filme Cristais de Sangue, de 1975.
Sua música tem como fonte a literatura, fazendo referências à obra de Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Manoel de Barros, além do citado João Cabral de Melo Neto. Foi parceira de palco de Jackson do Pandeiro durante a primeira versão do Projeto Pixinguinha, em 1980. Em cerca de 40 anos de carreira, Cátia gravou três LPs: Vinte Palavras ao Redor do Sol, Estilhaços e Feliz Demais, e dois CDs: Avatar (com participações de Chico César e Xangai ) e Cátia de França canta Pedro Osmar, no qual ela demonstra a força criativa da música paraibana.
Cátia também adentrou pelo mundo da literatura e das artes plásticas, com destaque para os livros Zumbi em Cordel, Falando de Natureza Naturalmente (infantil) e Manual da Sobrevivência, um resgate de sua trajetória pessoal e profissional. A cantora, celebrada em todo o país, reside em João Pessoa desde meados dos anos 1990.