Eu ainda hei de chorar tanto
Quero que meus olhos nunca sequem
Pra que a agonia dos que pequem
Lave-se nas águas do meu pranto
Pois a natureza do que choro
Lágrima de bálsamo sagrado
Forja-se nos caldos do pecado
E das redenções que ignoro
Peco sem pudor e sem preguiça
Antes pecador remediado
Que mediador dissimulado
Mestre da soberba e da cobiça
Nem o traidor que reza a missa
Nem o redentor apedrejado
O meu salvador irá montado
No selado frágil da justiça
Eu ainda hei de chorar tanto
Quero que meus olhos nunca sequem
Pra que a agonia dos que pequem
Lave-se nas águas do meu pranto
Pois a natureza do que choro
Lágrima de bálsamo sagrado
Forja-se nos caldos do pecado
E das redenções que ignoro
Peco sem pudor e sem preguiça
Antes pecador remediado
Que mediador dissimulado
Mestre da soberba e da cobiça
Nem o traidor que reza a missa
Nem o redentor iluminado
O meu salvador irá montado
No selado frágil da justiça