Lá no meu sertão,
Bem distante,
Todos os dias de manhã,
Ouve-se o canto da Jaçanã.
É um cantar apaixonado,
Ela canta de olhos fechados,
É o seu murmurio entoado.
Quando à tardinha o sol vai morrendo,
Quando está escurecendo,
Ela encerra o seu cantar.
Solta aqui os maus escuios,
São protestos em murmurios,
São sentimentos de tristeza e dor.
Há uma lenda no meu sertão,
Que o canto da Jaçanã,
Traz saudades e paixão.
Quando eu ouço aquele refrão,
Os meus olhos choram de emoção,
É a saudade no meu coração. {3X}