Com as águas do rio
Eu fui conversar,
Meu pranto caiu
E foi para o mar.
Perguntei porque
Meu bem me esqueceu,
Respondeu-me assim:
Seu amor morreu!
Num dia chuvoso
Quando atravessava
A enchente bravia
Do Rio Paraguai,
Somente a chalana
Regressou vazia
E o meu bem amado
Não voltou jamais.
Águas traiçoeiras
Lhe peço um favor
Leve esta rosa
Lá por onde for
Onde está meu bem
Deposite a flor
No fundo do rio
Sobre o corpo frio
Do meu grande amor.
Parece que em tudo ouço a sua voz!