Ilu ayê, ilu ayê odara
Negro cantava na nação nagô
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua ilu ayê
Tempo passou ô ô
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer
É samba é batuque é reza
É dança é ladainha
Negro joga capoeira
E faz louvação à rainha
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo
Desfilando na avenida
Negro é sensacional
É todo a festa de um povo
É dono do carnaval.