Em 2004, apresentou, em temporada no Teatro Ipanema, (RJ), o espetáculo "Tra-lá-lá- Lalá é cem",com direção, roteiro e apresentação de R. C. Albin.
O espetáculo fez parte das comemorações do centenário do nascimento do compositor Lamartine Babo. Neste show, Carmélia dividiu o palco com Ellen de Lima, Carminha Mascarenhas e O jovem cantor Márcio Gomes, interpretando canções consagradas, em coro e em solo, do renomado compositor.
No ano de 1950, Carmélia gravou de Hervé Cordovil e Mário Vieira, o baião "Sabiá na gaiola", que estourou como outro grande sucesso, de Luís Bandeira, o cateretê "Dança do pinote" e o samba "Coração magoado", com a Orquestra Tabajara de Severino Araújo. No mesmo ano, passou a atuar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1951, Carméliia gravou de Capiba o frevo-canção: "É frevo meu bem", que teve grande êxito em Recife, começando, a partir de então, a ter nos anos seguintes grandes sucessos com frevos. Gravou de Salvador Miceli e Luiz Antônio, a batucada "Maria pouca roupa", de Humberto Teixeira, o baião "O baião em Paris" e de Luiz Bandeira e Ernâni Seve, o samba "Samba de emergência", entre outras.
Carmélia Alves foi cantora da boate do hotel Copacabana Palace e cantou sambas no estilo de Carmem Miranda.
1951- Ainda neste ano, ela e o marido Jimmy Lester, em viagem ao Nordeste, descobriram o acordeonista Sivuca, atuando na Rádio Comércio do Recife e o levaram para o Rio de Janeiro. Carmélia gravou com Jimmy Lester, os baiões "Adeus Maria Fulô", de Humberto Teixeira e Sivuca e "Saudade é de matar", de Hervé Cordovil e Manezinho Araújo. Com Sivuca gravou o pot-pourri "No mundo do baião", com baiões de diferentes autores.
Durante o período do ginásio, Carmélia tomou parte em diversos programas de calouros, tendo sido aprovada em todos eles, inclusive, no mais temido de todos, o de Ary Barroso, onde o assistente Macalé fazia soar o gongo eliminando seguidamente os concorrentes.
Em 1943, Carmélia gravou seu primeiro disco, financiado com 400 mil-réis de suas economias. Contou com a ajuda do amigo Benedito Lacerda, que acompanhou a gravação com os músicos de seu regional, que nada cobraram pelo trabalho. Participaram do coro inúmeros artistas, que depois se tornariam famosos, Elizeth Cardoso, Cyro Monteiro e Nélson Gonçalves.
De 1950 a 1954, Carmélia manteve-se na gravadora Continental, na Rádio Nacional e no topo das paradas como a Rainha do Baião. Depois de apresentar-se com enorme sucesso na Argentina, viajou com a caravana de Humberto Teixeira indo apresentar-se na Alemanha, onde fez sucesso, sendo convidada a gravar um LP pela Telefunken. O mesmo aconteceu em outros países onde se apresentou. Em Portugal, seu repertório passou a ser utilizado por ranchos regionais. Na então União Soviética, fez um show para 150 mil pessoas.
03/11/2012 A cantora Carmélia Alves, que ficou conhecida como rainha do baião, morreu na noite deste sábado (3), em decorrência de uma falência múltipla de órgãos.
A informação foi confirmada pelo Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde a artista estava internada havia cerca de um mês.
O velório aconteceu na manhã deste domingo no Retiro dos Artistas, onde ela morava há dois anos. O sepultamento será no cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro.
Pelo Twitter, o ator Stepan Nercessian, presidente do Retiro dos Artistas, informou que o sepultamento foi marcado para as 14h30, no cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro.
Sua carreira artística teve início nos anos 1940, quando foi contratada por Barbosa Júnior para apresentar-se com cachê fixo no programa "Picolino", cantando músicas do repertório de Carmen Miranda.
os 17 anos, Carmélia voltou ao Rio para estudar , indo morar na casa de parentes. Por essa época, começou a interessar-se por música, encantando-se ao ouvir no rádio as músicas cantadas por Carmen Miranda, da qual tornou-se fã, acompanhando seus programas na Rádio Tupi e recortando suas fotografias de revistas. Recebeu muito incentivo do irmão mais velho, Manoel, que também gostava de cantar e achava que a irmã cantava bem.
Em 1999, aos 76 anos de idade a Rainha do Baião lançou: "Carmélia Alves Abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha". São 13 faixas imperdíveis que retrataram o migrante nordestino no contexto urbano, com participações especiais de Elymar Santos, em
"Súplica Cearense" de Gordurinha; Luís Vieira, em
"Forró em Caruaru" de Zé Dantas; e Inezita Barroso,
em "Baião" de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Vale a pena conferir!
Terminado o curso ginasial, Carmélia optou por seguir a carreira artística. Foi casada por 54 anos com o cantor Jimmy Lester, casamento pautado pela harmonia e compreensão.
1952 -Na mesma época, Carmélia reforçou o direcionamento de sua carreira em direção aos ritmos regionais, embora continuasse a gravar sambas. Ingressou no cinema cantando números avulsos e ganhou o título de Rainha do baião, integrando uma verdadeira corte, sendo Luiz Gonzaga, o Rei, Luiz Vieira, o príncipe e Claudette Soares, a princesa, cantando repertório de Carmélia, já conhecida como a Rainha do Baião.
Em meados dos anos 1940, Carmélia obteve chance no conhecido programa "Casé", substituindo uma cantora que havia faltado. Cantou músicas de Carmen Miranda, que nesta época havia viajado definitivamente para os Estados Unidos.
Convidada por Manoel da Nóbrega, outro grande incentivador, Carmélia participou de seu programa de calouros na Rádio Ipanema. Fez parte do programa "Estrada do Jacó", comandado por Ary Barroso, onde ele apresentava seus melhores calouros.
Em 1953, Carmélia gravou de Humberto Teixeira e Felícia Godoy o samba "Um verdadeiro amor" e de Hervé Cordovil, a marcha-rancho "Que bela rosa". No mesmo ano, gravou as polcas "A viola do Zé", de José Meneses e Luiz Bittencourt.
Em 1941, Carmélia foi contratada como crooner pelo Copacabana Palace, recebendo 100 mil-réis por dia, apresentando-se no programa "Ritmos da Panair", apresentado ao vivo por Murilo Neri, sendo transmitido para todo o Brasil pela Rádio Nacional.
Ouvida por César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, Carmélia Alves foi contratada pela rádio, que buscava uma substituta para a estrela Carmen Miranda. Carmélia ganhou um programa semanal, recebendo 800 mil-réis por mês, uma verdadeira fortuna para a época.
Nesse mesmo ano, foi considerada pela crítica especializada do Rio de Janeiro a melhor crooner. Por essa época, conheceu no Copacabana Palace, o paulista de Franca, José Andrade Nascimento Ramos, que apresentava-se cantando músicas americanas, com o nome artístico de Jimmy Lester, e com quem se casou em apenas três meses. Sua carreira ganhou espaço nesse momento, sendo freqüentemente convidada para apresentar-se em outros locais, entre os quais, o programa do "Chacrinha", na Rádio Fluminense.
Em 1949, gravou com Ivon Curi a toada "Me leva", de Hervé Cordovil e Rochinha, com orquestração e regência do maestro Radamés Gnattali, que tornou-se seu primeiro grande sucesso e a rancheira "Gauchita", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Carmélia Alves, cantora, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 14/2/1925. Filha de cearenses, nascida e criada no subúrbio carioca de Bangu, desde cedo entrou em contato com a música do Norte e Nordeste, nas reuniões de repentistas que seus pais...