De Tambaú saiu a velha envergonhada
Com o pecado que havia cometido
Pois negou a Aparecida imaculada
O colar que havia prometido
E arrastando suas muletas pela estrada
Seguiu a pé Aparecida do Norte
E para a santa ela pediu ajoelhada
Que castigasse seu erro com a morte
Ao terminar sua oração de penitência
Pois notou que a boa santa com clemência
Lhe perdoou e outra vez se viu curada
Aí então a velha rica compreendia
Que uma vida de egoísmo ela viveu
Pois amparada pelo dinheiro que possuía
Muitos atos de maldade cometeu
A velha rica mudou seu procedimento
Pois hoje em dia é uma alma caridosa
Seu coração que era mesquinho e avarento
Foi transformado pela santa milagrosa
O seu palácio é um abrigo da pobreza
De quem outrora ela viva tão distante
Aos que tem fome ela cede sua mesa
Ensina o bem a quem no mundo vive errante
Mas um milagre todo dia acontece
Num oratório onde ela faz suas orações
Num litro d’água uma imagem aparece
Trazendo alivio aos aflitos corações
Este milagre como aquele das correntes
Mostram ao mundo o poder da Aparecida
E adverte aos pecadores e descrentes
Que tendo fé será melhor a nossa vida