Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
De baixo dos laranjais
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência
Como perfumes a flor
O mar é um lago sereno
O céu um manto azulado
O mundo um sonho dourado
A vida um hino de amor
Oh dias da minha infância
Oh meu céu de primavera
Que doce a vida não era
Nesta risonha manhã
Em vez das mágoas de agora
Eu tinha nessas delícias
E minha mãe as carícias
Que beijo dei minha irmã