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Biografia de Caprichosos de Pilares (RJ)

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Pilares é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro. Fundada a 19 de Março de 1949, por Oscar Lino (Seu Oscar), Dagoberto Bernardo (Beto Limoeiro) e Valter Machado está sediada na Rua Faleiros, no bairro de Pilares.

Por volta de 1974, o Sr. Amaury Jório, presidente da AESCRJ, pediu ao administrador regional, que na época era o Dr. Oswaldo de Moura Brito Piragibe (Dr. Piragibe), que concedesse um espaço para a construção da quadra da Caprichosos de Pilares. O administrador se envolveu de tal forma com o projeto, que não só colaborou com a obra da quadra, mas também entrou para a história da escola. O local da construção era um espaço de urbanização do viaduto Cristovão Colombo (viaduto de Pilares). Graças ao Dr. Piragibe o terreno foi cedido pela prefeitura.

O primeiro título da Caprichosos aconteceu onze anos após sua fundação em 1960, com o enredo Invasão Holandesa na Bahia. Já em 1971, o tema Brasil na Primavera, levou a escola ao segundo grupo. A Caprichosos de Pilares voltou a ser campeã do grupo 2, com o enredo Moça bonita não paga.

Em 1985 com uma proposta inovadora, a escola de Pilares consolidou seu estilo de carnaval irreverente, com uma mistura de política e humor no enredo E por falar em saudade.

Há 22 anos desfilando no hoje chamado Grupo Especial, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Pilares realizou desfiles bem humorados, o que a caracteriza como uma escola irreverentemente querida por todos.

A Caprichosos fez grandes carnavais. Marcados por seus sambas empolgantes e irreverentes, que sempre estiveram na ponta da língua do povão. Por isso, seus maiores títulos foram dados pelo grande público, como por exemplo, o Estandarte de Ouro em 1985.

A sátira, a crítica e o bom humor constituem uma fórmula que marcam os carnavais da escola de Pilares. Os enredos, criados por Luiz Fernando Reis, falaram da inflação, criticaram os políticos, pediram as diretas já. Temas que agradavam e falavam pelo público.

Em 1993, com o enredo Não Existe Pecado do Lado de Cá do Túnel Rebouças, que fazia uma homenagem ao morador suburbano, a Caprichosos ficou em penúltimo lugar, só não sendo rebaixada (junto com a Unidos da Ponte) porque o presidente da Liesa, Paulo de Almeida, decidiu que não haveria rebaixamento.

Em meados da década de 90, mais precisamente em 1995, a Caprichosos de Pilares abandona o estilo irreverente e apresenta na avenida um carnaval mais caro e luxuoso. O então carnavalesco Mauro Quintaes, discípulo de Joãosinho Trinta, desenvolveu o enredo com mais tecnologia do que a escola estava acostumada. Naquele ano, a Caprichosos botou o seu samba na boca do povo também: Vou me acabar nessa magia, e a Caprichosos traz a energia. Especula-se que essa mudança se deu devido à falta de bons resultados em termos de notas e classificações a que os desfiles irreverentes haviam conseguindo. Em 1996, com um enredo sobre o chocolate, a escola acabou rebaixada para o Grupo de Acesso. Por muito pouco não ficou, pois empatou com a Unidos da Tijuca que acabou levando a melhor no desempate. No ano seguinte, a Caprichosos foi vice-campeã do acesso e subiu novamente para o grupo especial, onde permaneceu até o carnaval de 2006.

A Caprichosos ainda chegou a desenvolver um enredo crítico em 2000, sobre a ditadura militar e em 2005, com a volta da bom humor, fez uma homenagem aos vinte anos da LIESA.

Em 2007, a escola desfilou no Grupo de acesso A e conquistou o vice-campeonato falando sobre o biodiesel. No dia 11 de outubro de 2007, a Caprichosos perdeu seu fundador, diretor de carnaval e vice-presidente administrativo, Athayde Pereira, que faleceu devido a um infarto fulminante.

No ano seguinte, falando sobre o município de Itaboraí, mas pecando nas alegorias com geradores mal decorados e ferro à mostra, a Caprichosos termina na sexta colocação.

Em 2009, com o enredo No transporte da alegria. Me leva Caprichosos a caminho da folia, a Caprichosos fica em último lugar entre as escolas, mas se salva do iminente rebaixamento, porque a LESGA decidiu que ninguém caíria devido à crise mundial, que teria atrapalhado a preparação das agremiações. Mas, especula-se que a "salvação" teria ocorrido porque o presidente da escola é um dos idealizadores da formação da liga.

Estandartes de Ouro
Total de 11 prêmios:

Estandarte de Ouro (Escola): 1985
Estandarte de Ouro (Enredo): 1984, 1986 e 2000
Estandarte de Ouro (Personalidade Masculina)[3]: 1986
Estandarte de Ouro (Revelação): 1983 e 1985
Estandarte de Ouro (Passista Masculino): 1993
Estandarte de Ouro (Samba-Enredo Acesso): 1978
Estandarte de Ouro (Puxador): 1988
Estandarte de Ouro (Comissão de Frente): 1984