Oi nego pego bala de café
Oi nego trago o filho e a mulhé
Oi nego pego bala de café
Oi nego trago o filho e a mulhé
Se tu mineimero vivia no seu terrero a cantar
O dia inteiro canto de lamentação
Do sofrimento da senzala como trabalhavo
O nego no tempo da escracidão
Oi nego pego bala de café
Oi nego trago o filho e a mulhé
Sempre escultava no som do berimbau
Cada cana que caia dentro do canavial
Calça rasgada o dia intiro tratado como
Animal dentro do navio negreiro
Oi nego pego bala de café
Oi nego trago o filho e a mulhé