Amavas-me, Senhor, não tenho a luz ainda
Surgido lá nos céus, ao mando criador
Nem mesmo o sol, na aurora esplendorosa e linda
À terra dava força fecundante, infinita
Meu Deus, que amor!
Meu Deus, que antigo amor!
Amavas-me, Senhor, no tempo em que imolado
Foi numa cruz sangrenta o meigo salvador
Levando sobre si, sim, todo o meu pecado
O Santo de Israel, o teu Cordeiro amado
Meu Deus, que amor!
Meu Deus, que imenso amor!
Amavas-me, Senhor, no fundo de meu peito
Brilhou a doce luz do meu Consolador
E com promessas mil de teu amor perfeito
Nasceu em mim a fé em que hoje me deleito
Meu Deus, que amor!
Meu Deus, que é todo amor!
A mim sempre hás de amar, pois que jamais o inferno
E o mundo poderão ao teu querer se opor
Ao teu decreto, ó Rei, ao teu decreto eterno
Ao teu amor, ó Pai, ao teu amor supremo!
Meu Deus, que amor!
És sempre, sempre amor!