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O Folgazão e o Diabo

Cacique e Pajé

Lá no estado de minas um violeiro existia
Numa cidade pequena onde ele residia
Sempre era convidado em todas função que havia
A sua voz tão bonita muitos corações feriam
Gostava de desafio, cantava e sempre vencia.

Nos lugares onde cantava costumava dizer
Eu sempre canto porfia sem ter medo de perder
Quando eu pego a viola vou até o amanhecer
Enfrento até o diabo se um dia aparecer
Mas uma noite cantou com o diabo sem saber.

Foi lá no salão de festas onde ele estava tocando
Chegou um moço elegante a todos cumprimentando
Entrando salão a dentro, a sua viola temperando
Vim conhecer o violeiro que a tempo vem me insultando
E se for bom de verdade vai amanhecer cantando.

Se enfrentaram de viola e começaram a cantar
E o povo aplaudiu quatro horas sem parar
O visitante falou, vai se tratando de entregar
Violeiro igual você eu já cansei de quebrar
E no fim desta peleja você eu quero levar.

O violeiro cantou para derrotar o diabo
A vitória vai ser minha, eu estou bem preparado
Porque comigo meu tenho o meu Jesus crucificado
O diabo deu um estouro deixando o povo assustado
O violeiro quando lembra, fica todo arrepiado.

Composição: Aleixinho e Athos Campos





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