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Mulatinha

Cacique e Pajé

Nil / Toninho Bauru / Cacique
Moda de Viola

Foi no estado de Goiás há muitos anos passados
Lá esta um velho galpão foi morada dos escravos
O muro é feito de pedra, foi trabalho dos escravos
No tempo que Goiás Velho era a capital dos estado
Lá existe um preto velho parece ser encantado
Ele me contou de pressa tudo que foi no passado.

O Barão que dava as ordens, o seu carrasco cumpria
E a cana no engenho dos escravos que moíam
E o serviço era dobrado, trabalhavam noite e dia
Quase não tinham descanso e muito pouco comiam
No mercado dos escravos tinha leilão todo dia
O barão fazia a compra o carrasco que escolhia.

E num lote de escravos que foram lá rematado
Veio uma mulatinha, o barão ficou gamado
No prazo de pouco tempo ele estava apaixonado
Mulatinha se acanhava com carinho e agrado
Aonde a escrava ia o barão estava a seu lado
Alguém falasse com ela, ele ficava enciumado.

O barão lhe conquistava, mulainha não queria
Ela ficava assustada sem saber o que fazia
Seu amado quando soube que a mulatinha sofria
Com seu punhal afiado o barão ele seguia
Sem saber que os capangas tinha feito armadilha
Mataram o escravo enforcado na mais triste covardia.

Mulatinha quando soube que mataram seu amado
De joelho ela jurou meu amor vai ser vingado
O barão comemorando bebeu e ficou atordoado
Agarrando a mulatinha acabou no chão deitado
Com um golpe bem certeiro no seu peitofoi cravado
Mulatinha usou um punhal do seu amado enforcado.






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