O sertanejo de hoje em dia com uma nova melodia ja não fala do sertão
Um novo tipo de cowbóy hoje é um novo herói querido desta nação
Ja não ouço mais viola e o novo som que rola ja não é de violão
O romance ainda é moda mas o som da velha roda e da antiga tradição
Anda muito diferente do som de antigamente que rolava no rincão
Eu me lembro das serestas que animavam muitas festas no lindo interior
De uma dupla sertaneja que falava da tristeza do jeca e sua dor
Do menino da porteira, mula preta, galopeira eu me lembro com amor
Do campo rio e mato, do matuto e do mulato e do pobre pescador
Do arado e do animal, do trabalhador rural que cantava o cantador
Eu não creio que mal tenha hoje o fogão de lenha , lamparina ou machado
E a vendinha que vendia pinga para o bóia-fria hoje ja virou mercado
O chapéu virou boné e o berrante quase é objeto do passado
Lavrador virou trator, hoje boi é um motor que pouxa todo arado
Sitiante é fazendeiro, o sem-terra ex-roceiro, agricultor desempregado
Boiadeiro pela estrada que tocava a boiada quase não existe mais
Nova moda se espalha e o seu cigarro de palha ele ja não fuma em paz
A vida do interiorano vai mudando a cada ano e as pureza se desfaz
E toda aquela beleza do luar, da natureza da selva e dos animais
E a lenda do caipira, do saci, do curupira, também ja ficou pra tras
O progresso vem chegando rápido vai transformando toda civilização
Hoje eletrecidade vem trazer modernidade para casa e o galpão
O trabalho manual hoje é industria nacional só de movimentação
E o melhor de hoje em dia ja virou mercadoria só para exportação
Que saudade que eu tenho do roçado do engenho das belezas do sertão
Que saudade que eu tenho do roçado do engenho do luar lá do sertão