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Filho Pródigo

Bruno e Marrone

Eu tinha bom gado de corte
Eu tinha bom gado leiteiro
Eu tinha um cavalo baio
E um abundante celeiro
Eu era muito respeitado
Eu fui campeão de rodeio
E por todas as redondezas
Queriam ouvir meus conselhos
Por causa de um par de olhos
Azuis claros como o luar
Eu disse:- Meu pai vou embora
Eu vou procura
Sem ela eu não posso ficar

Andei lado a lado com a morte
Por este mundo a vagar
Eu que era amigo da sorte
Fui companheiro do azar
Então me tornei vagabundo
A dor e a fome chegou
Comi maltrapilho e imundo
O pão que o diabo amassou
Depois de muitas andanças
Encontrei-me com ela num bar
Sorrindo e bebendo com outro
Naquele lugar
Decidi que eu ia voltar

Ao longo caminho da volta
A vergonha e a solidão
Sem saber se seria bem vindo
Por meus pais e também meus irmãos
Ao longe avistei minha casa
Bateu forte o meu coração
O pranto escorreu em meu rosto
Molhando a poeira do chão
Meu pai com seus braços abertos
Disse:- Meu filho voltou
Três dias, três noites de festa
O sino tocou
Anunciando que a paz retornou

Composição: Evanil Bernardes da Silva/Luiz Mocarzel/Miriam Conceicao Baraboskin





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