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Entrada Franca

Bruno e Marrone

Eu queria cantar pra você pra tentar te dizer que as noites são frias
Que o meu coração tá vazio, que quem tá perdido não escolhe o caminho
Mas nem tudo vai à ferro e fogo, você faz o jogo que a mágoa te ordena
E as palavras são folhas ao vento, não podem dizer que chorar vale a pena

Mas dos palcos dessa solidão, sem você na platéia ninguém vai me ouvir
E por mais que eu aumente o som, você de braços cruzados não vai me aplaudir
Sei que as frases são balas perdidas que alguém deixou cair entre os vãos das poltronas
E o silêncio é o bilhete de entrada do arrependimento de quem abandona

Vem que a porta está aberta, que a entrada é franca
A dor de uma saudade só um beijo arranca
Que a paixão é o petisco pra o coração que ama
Vem que longe dos seus olhos qualquer filme é triste
Se a solidão me vaia, o amor insiste em decorar os palcos pra outra canção

Composição: Aparecida de Fatima Leao de Moraes





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