Letais predadores camuflados em jacarés-"açustadores"
Tribo de invasores montados em gatos devoradores
Incendeia, incendeia, escravizando a aldeia
Gente-tarântula, índio-libélula
Com presa de jaguar, vão te flechar, vão te flechar
Pra floresta amaldiçoada as almas são levadas
Ferroadores kîpuatirrã
Ceifeiros de Apurinã se alimentam do casulo de teia
Dos enfermos da aldeia
No serpentário de fogo surgirá
Aquele que purifica todos os índios
O predestinado a castigar
A fúria dos animalíticos espíritos
Paricá, paricá, muçurana maracá
Paricá, paricá, muçurana maracá
Vão guiar o pajé
Ao lado oculto da ocara espiritual
Ao devaneio mortal
Na toca do Anhanguera colossal
Ora, pajé, ora, pajé
Amansa a fera e resgata a fé
Ergue o cajado flamejante
Expulsa o Anhangá
Canta, xamã, dança xamã
Canta, xamã
Ao poderoso ritual
Canta, xamã, dança xamã
Canta, xamã
Ao poder da cura sobrenatural
Composição: Demétrius Haidos / Geandro Matos