Koti! Nublará, kore!
Libertará os seres da noite...
Caçadores! Cupendiepes!
Cruzarão o crepúsculo do
Sobrenatural
O agouro medonho do acauã
Anunciará
A grande batalha das eras
Profetizará
O abismo-domínio das trevas
Jamais
Vencerá
A luz divina sobre as feras
Perpetuará
Ou, ou, ou, voa, voa, há, há
Amedronta!
Semeando a maldição
Machado de pedra na mão
Do vampiro da escura caverna
Levando a mais bela cunha apinajé
Como escrava da noite eterna
Mas de repente o silêncio pairou...
Cupendiepes! Apinajés!
Flechas, lanças, zarabatanas
Poderosamente em sua forma de
Serpente surgiu
Afugentando os seres alados do
Terrível covil
O poder do sol deu chamas ao
Espírito do grande jaguar
Chocalhos, matracás e matumbés,
Tambores e rapes vão levitar
O demiurgo pajé, o arcanus da fé
Pra liberta a bela dos braços da fera
Para echar as labaredas de fogo na
Tribo das trevas
Queimando em chamas ardentes
Os mutantes caçadores do povo
Apinajé
E os portais do sobrenatural
Os caminhos da gruta maldita
Foram selados pelo grande ritual
Kamàt, kamàt kâm
Kamàt, kamàt kâm oue, oue, oue
Apinajé!
Kamàt, kamàt kâm
Kamàt, kamàt kâm oue, oue, oue
Apinajé!
Composição: Demétrios Haidos e Geandro Pantoja