Pedro, pescador
Zenaide, professora
Davi Kopenawa, cacique
Mário de Andrade, folclorista
Dorothy, missionária
Edson Luís, estudante
Vavazinho, poeta
Dandara, quilombola
José, operário
Mestre Bimba, capoeira
Benedita, mãe-de-santo
Jorge Amado, escritor
Verequete, peixeiro
Marielle, feminista
Tia Ciata, sambista
Lindolfo Monteverde, criador do Boi Garantido
Nós, o povo!
Vem, meu Brasil
Pinta a cara de vermelho
Nosso povo brasileiro
Se apresenta na festa do meu boi-bumbá
É, nossa arte é guerreira
É pulsante, altaneira
É o espelho do povo, é cultura popular
É o Garantido
Esse boi do povão tem a força que nos faz caminhar
E seguir na estrada do tempo
Sonhar, avançar, conquistar
É, é, é a cara de Parintins
É, é, identidade que vem da raiz
Na dança, no som, no sotaque
Meu boi é destaque, o mundo vem pra cá
A emoção encarnada é fogueira
Acende a alma do povo a dançar
A toada guerreira vermelha
Revolucionária do meu boi-bumbá
Liberdade, cultura e arte
Bandeiras de sonhos a tremular
Vem pra nossa festa
De índio, caboclo
De negro, do povo
De aldeias, quilombos e ruas
Do amado chão
Vem pra nossa festa
De índio, caboclo
De negro, do povo
De aldeias, quilombos e ruas
Do amado chão brasileiro
Nós
Nós
O povo!
Com a Mãe África no tambor
Meu coração ameríndio pulsou
Quebrei correntes com fé e coragem
Meu canto liberto é diversidade
O jeito, a fé, o gingado, o calor
Mulheres e homens de ferro e fogo
O povo festeiro, orgulhoso e bravio
E nessa mistura meu nome é Brasil
Brasil!