Zé fofinho de Ogum
Era um tremendo cento e setenta e um
Dizia que os búzios falavam
Tudo o que ele queria saber
Desde a hora em que nasceu
Até a hora em que ia morrer
Amarrava mulher, amansava marido
O Zé só faltava era fazer chover
A linda esposa do delegado Osvaldo Cruz
Ele bateu de montão
Pra dizer que o doutor andava lhe traindo
E ela pensando que ele era bom
Com uma linda imagem de São Jorge
Em suas costas, muito bem tatuado
O Zé com um papo de cão-caô
Dizia que tinha o corpo fechado
E quando sujou geral
Ele pelo Santo não foi avisado
De repente pintou a caçapa
Era o Zé frente a frente com o delegado
O doutor muito invocado
Gritou o coro vai comer
Tira a roupa do malandro
E bate até o cavalo correr