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Garfo No Bolso

Bezerra da Silva

Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Morreu e agora tu vais pro inferno
Estás condenado, não tens salvação!
Vou botar no bolso do teu terno
Um garfo pra tu não chegar lá na mão!

Vai chegar de garfo porque não tem sopa
É fogo na roupa lá no caldeirão
Cheio de inimigos lá te esperando
Todos trepados só de bagulhão
Foi por isso que eu botei no bolso do teu terno
Um garfo pra tu não chegar lá na mão!

Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Morreu e agora tu vais pro inferno
Estás condenado, não tens salvação!
Vou botar no bolso do teu terno
Um garfo pra tu não chegar lá na mão!

Armou o sarseiro um tremendo sufoco
Mas levou troco, que o bicho pegou
Pisava na bola, cheio de mancada
Agora meu amigo só velas quebrada
Eu não posso abonar o seu mau proceder
Mas leve esse garfo pra se defender

Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Sempre foste pra mim bom amigo
Mas pra malandragem foste um vacilão!
Morreu e agora tu vais pro inferno
Estás condenado, não tens salvação!
Vou botar no bolso do teu terno
Um garfo pra tu não chegar lá na mão!

Composição: Carlos Espedito Sena Machado/Jesse Gomes da Silva Filho/Otacilio de Souza





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