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Carne De Pescoço

Bezerra da Silva

Bom cantor esta obrigação nunca foi brincadeira
E nem é um colosso
Ela é uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ela é carne de pescoço

Bom cantor esta obrigação nunca foi brincadeira
E nem é um colosso
Ela é uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ela é carne de pescoço

É uma briga de foice no escuro
Noite de tempestade em alto mar
Olhe que ela ainda é um beco sem saída
Eu sei também que você não vai gostar

Sim só porque sua língua começa a enrolar
Dói cabeça garganta e coração
É você chora lamenta e se lastima
E deixa o ganzá cair no chão

Bom cantor esta obrigação nunca foi brincadeira
E nem é um colosso
Ela é uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ela é carne de pescoço

Você ainda é obrigado a dizer
Metamorfose protético e dendê
Mimeógrafo hepático esquelético
Catastroficamente e gosmético

Crocodilo cachorro e leopardo
Boi bezerro e vaca é tudo gado
Tangará traca-traca e granulado
Filosoficamente está falado

Você tem que dizer assim seu moço
Que esse coco é
Uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ele é carne de pescoço

Esse coco é
Uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ele é carne de pescoço

Mas eu só sei que esse coco é
Uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ele é carne de pescoço

Esse coco é
Uma pancada na canela uma espinha na garganta
Ele é carne de pescoço

Composição: Neguinho da Beija-flor





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