Populus, meu cão...
O escravo, indiferente, que trabalha
e, por presente, tem migalhas sobre o chão.
Populus, meu cão.
Primeiro, foi seu pai,
segundo, seu irmão;
terceiro, agora, é ele... agora é ele,
de geração, em geração, em geração.
No congresso do medo internacional
ouvi o segredo do enredo final
sobre Populus, meu cão:
documento oficial, em
testamento especial,
sobre a morte, sem razão
de Populus, meu cão.
Populus, Populus, Populus, meu chão.
Delírios sanguíneos
espumas nos teus lábios...
Tudo em vão.
Tenho medo de Populus, meu cão,
roto no esgoto do porão.
Seu olhar de quase gente,
as fileiras dos seus dentes...
Trago o rosto marcado
e eles me conhecerão, me conhecerão.
Populus, Populus, Populus, meu cão