O duo Basement Jaxx é formado por Felix Buxton e Simon Ratcliffe que lançou alguns dos mais respeitados singles de house music dos anos 90. Antes de se conhecerem, Ratcliffe experimentava os grooves do funk latino, enquanto Buxton tocava o house de Chicago.
Depois de se conhecerem e de muitas tardes de domingo no clube londrino Dingwalls transpirando ao som dos inspiradores sets ecléticos de Gilles Peterson, a dupla resolveu materializar a sua paixão em comum pela música em geral e pela house em particular.
Começaram por organizar festas ilegais num restaurante mexicano de Brixton e daí passaram para as manipulações domésticas num estúdio de quarto. Com vista para o sucesso futuro.
O primeiro passo foi dado por Ratcliffe (o quarto era dele) a solo, aos comandos de Helicopter, lançando em 1993 o single de sucesso "On Yer Way". No ano seguinte, os Jaxx fundaram a sua própria editora, a Atlantic Jaxx Recordings, e procederam à sua inauguração, sem pompa mas com glória, com um EP anônimo de quatro temas, já com o nome de Basement Jaxx e a participação do DJ Tony Humphries, na faixa “Da Underground”. As experiências com beats percussivos, frequências distorcidas e fontes de samplagem frescas prosseguiram no segundo EP, em seu segundo lançamento, Ratcliffe e Buxton recrutaram a vocalista Corrina Joseph, que mais tarde tornou-se praticamente um membro do time, uma voz desconhecida que viria a tornar-se em diva do garage.
Em 1995, conseguiram finalmente sair da "basement" com o EP "Summer Daze", onde a transformação do clássico "Samba de Flora" de Airto Moreira em "Samba Mágico" viria a valer-lhes a entrada para a lista de preferências de DJs como Little Louie Veja, Ashley Beedle e do "mestre" Gilles.
O single “Samba Magic” foi distribuído pela gravadora Virgin, e durante o ano, Basement Jaxx foi cotado como um dos grupos mais procurados de house nos EUA e Inglaterra.
O par passou a maior parte de 1996 trabalhando em remixes (para os Pet Shop Boys, Roger Sanchez, Lil’ Mo Yin Yang e outros), e então lançou o seu terceiro EP. Uma faixa do EP, “Flylife,” ocupou o Top 20 na Inglaterra e se tornou um dos principais singles do ano nos clubes do mundo todo. No mesmo ano, Ratcliffe e Buxton lançaram uma compilação dos melhores álbuns produzidos pela Atlantic Jaxx.
Daqui até a exposição maciça do tema em clubes até a rendição de Ibiza à magia do samba britânico foi um passo. De dança, claro.
Em dois anos conseguiram arrastar pequenas multidões em sessões de Djing, tocando tudo o que lhes vinha à cabeça e que a vasta coleção de discos permitia. O clima carnavalesco era completado com atuação ao vivo de vocalistas e tocadores de congas e bongo. A transposição deste caos mais ou menos organizado para suportes reproduzíveis viria a resultar numa série de temas bem recebidos.
Em 1997, a visibilidade da sonoridade mutante dos Basement Jaxx proporcionou o ataque aos tops com o single "Fly Life" e o aplauso da crítica à primeira compilação da sua editora, "Atlantic Jaxx - The Collection".
No ano seguinte, depois de muita insistência, assinaram contrato com a gravadora independente XL Recordings, a mesma casa do Prodigy, e em 1999 abalaram o mundo com o seu álbum de estréia "Remedy". Um disco delirante que, com colaboradores de peso como DJ Sneak, Erik Morillo. ou Benji Candelario, parte da house em busca de novas mestiçagens em aventuras com o disco sound, tecno, samba, salsa, reggae, jazz, soul. Temas como "Red Alert" ou "Bingo Bango" estavam fadados para o sucesso e os Jaxx também. Foi considerado por toda a gente como um dos álbuns do ano.
O segundo álbum Rooty veio dois anos depois. Kish Kash foi seu último álbum, lançado em 2003, teve a participação de alguns cantores, como o rapper britânico Dizzee Rascal e a baixista e cantora Me’Shell N’Degeocello.
O grupo é bem conhecido nos clubes ao redor do mundo todo e um novo hit é simplesmente uma questão de tempo.