Quando a noite na mata chegar devagar
O bicho se deita no ninho pra acalentar
Filhote que pede calor à mãe natureza
Oiá! Oiá! Oiá! Oiá! Oiá!
Quando o dia na mata chegar devagar
O bicho levanta do ninho para caçar
Comida que vem saciar a fome da mata
Oiá! Oiá! Oiá! Oiá! Oiá!
Um índio saiu na canoa atrás de Tupã
E a tribo dos Pataxós se tornou irmã
Das nações que pedem a sobrevivência
Nas terras estranhas sem consciência
Pois negro, branco ou mendigo
Vestido de índio ou qualquer papel
Na selva de pedra é um bicho
Caçado sem trégua pra satisfazer
O puro prazer de ver a dor
E a presa acuada com seu cobertor
No ninho de pedra que a selva abrigou
Brasília que um dia ?dezenove? guardou
Oiá! Oiá! Oiá! Oiá!
A mata, ama, mata
A mata, ama, mata
Oiá! Oiá! Oiá! Oiá!