Não delatei, não pude processar
Trocando os polos deixei
A torneira desperdiçar
Secando o chão pude ver
A vida por toda esvair
Por entre os becos senti a luz que veio iluminar
Enquanto isso
No noticiário local
Mais uma alma é enterrada viva no quintal da casa que abrigou a mim
E minha intriga de busca pela vida que sempre esteve em minhas mãos pequenas
De barrigas vazias a mentes suicidas o que mais desanima
E ver a preservação apenas da divisão de classes
A corrupção de menor é a chave maior pro futuro vão, quem eu?
Não, criando desculpas aumentando as disputas pelo poder de enganação
Então me diz você engravatado de maleta na mão qual é a porra da solução?
As regras são fáceis jogue os dados ou aguarde sua vez
Aposte na bola sorte e fique milionário de uma vez
Por trás de todas tentativas a sabedoria que arde a ferida
Inflama a esperança criança não chora se não o bicho vem te pegar
Não desanima não sei que a caminhada é dura
A pedra é forte a água é mole bate e fura
É complicado e confuso de entender
O filho fiz, ergui o muro e liguei a TV
O brilho do sol é o convite pra descobrir
Vim com mais do que apetite sem limite tô aqui
Sendo assim pago o pecado
Por ter desonrado presente que foi nos dado
Eu quero saber se você vem, saber se você vem
Enxugue suas lagrimas, sofrida seja a vitória para declarar a mais pura glória ao descanar o coração
Paz!
Composição: Filipe Soares Dantas