Sobre o chapéu desabado, cinchado no barbicacho
Lá vai, num Baio Bragado, talvez, o último macho
Sobre o chapéu desabado, cinchado no barbicacho
Lá vai, num Baio Bragado, talvez, o último macho
Quem sabe, o mundo ao avesso
Não tem conserto ou remédio
Até um aceno pra prenda
Já consideram assédio
Não é mais homem que os outros
Nem mais valente ou capaz
Mas, quando empenha a palavra
Não volta nunca pra trás
Sobre o chapéu desabado
Cinchado no barbicacho
Lá vai, num Baio Bragado
Talvez, o último macho
Mulher não passa na frente
Homem não abre a porteira
Ele balança a cabeça
E segue à sua maneira
O próprIo fio de bigode
Hoje, não vale um capacho
O que vai ser desse mundo?
Pergunta o último macho
Só sai pra ir num fandango
E vai pilchado a preceito
Pois, neste ambiente, ainda encontra
Orgulho, história e respeito
Embora esteja vencido
Para os padrões atuais
Lá vai o último macho
Que quase não se vê mais
Sobre o chapéu desabado
Cinchado no barbicacho
Lá vai, num Baio Bragado
Talvez, o último macho