Velho galpão, o meu recanto sagrado
mesmo escorado mas pra mim tu ainda presta
nos verão quente vou semear ataca o sol
de noite a lua sai me espiando pelas fresta
graças a Deus eu sou um galponeiro feliz
defendo as raízes e é um direito que me assiste
o fogo grande é o que me aquenta a cambona
e a cordeona me alegra nas horas triste.
o fogo grande é o que me aquenta a cambona
e a cordeona me alegra nas horas triste.
e a cordeona evoa sob o universo
e eu canto verso pra alegrar o meu santo
o fogo véio me aquenta as bota e as chilena
e eu com as melena tapada de picumã
de madrugada assim que eu saio do catri
preparo um mate depois de um sono tranquilo
grita uma rã num buraco de um esteio
e eu mateio escutando o cantar dos grilo.
grita uma rã num buraco de um esteio
e eu mateio escutando o cantar dos grilo.
em frente o galpão, do meu cavalo eu me apeio
tiro os arreio e penduro num cavalete
berando o fogo num banco baixo eu me sento
enquanto afervento uma panele de suquete
pra quem conserva, carrega nos corações
as tradições desta pátria redomona
com muita fibra cansei o pé e lhe garanto
canto e recanto fogo, galpão e cordeona.
com muita fibra cansei o pé e lhe garanto
canto e recanto fogo, galpão e cordeona