O meu canto, é a própria poeira
Da minha terra vermelha
É o clarão da Lua cheia
Que clareia o mundo inteiro
É fumaça de candeeiro
Quando cedito eu levanto
Mostro através do meu canto
A essência, de um Missioneiro
Com sombreiro bem tapeado
Das rabas meia atirada
Lenço amarrado na goela
Com as pontas esparramada
Guaiaca, bombacha larga
Melena bem aparada
Bota puxada no joelho
Da lida meia esfolada
Num fogo grande de chão
Escuto a chaleira chiando
E um galo cantando forte
E a estrela Dalva apontando
Mesmo mateando eu escuto
AO longe o gado berrando
A eguada na mangueira
E um cuiudo retoçando
Do Taio de toda faca
Puxo-churrasco bem assado
Meu café de manhã cedo
É um prato de rivirado
Mandioca com feijão preto
E um toicinho enfumaçado
Uma costela de ouvelha
Trago o bigode engrachado
A cultura do Rio Grande
Canto com fibra e civismo
Não me ajoelho, e nem me entrego
Pra este tal de modernismo
E varo o mundo inteiro
No lombo do bagualismo