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Só Lamentos

Bairro Pobre

Só Lamentos Bairro Pobre Um subversivo em seu meio na calçada
A sociedade treme fica transtornada
O preconceito se inflama um nó na garganta
O medo ignorante será sua herança
O desemprego para o ex detento
É como um suicídio brutal e lento
Marginal de responsa nunca pede arrego
Não dá a cara a tapa não fica de joelho
Descriminação é assim todo dia
Pra quem nasceu na favela dentro da agonia
O respeito é a lei
E a humildade se preserva também

Quem aponta o dedo não sabe o que faz
Julga condena por alguns reais
Tortura e escraviza o pobre cidadão
Joga na masmorra sem comida no porão
Não, revolta e resistência sim
Eu carrego comigo do negro a descendência
E mais um dia vou sobreviver
Pra lhe mostrar que assim não pode ser
A quem carregue um grande peso na alma
Por mais um mês na miséria sem nada
E quem se esconde atrás da bíblia
Já foi riscado do livro da vida

Sempre enxergam o outro como seu submisso
E quem não tem nada a oferecer em seu meio não é bem-vindo
Grandes impérios, belas vestimentas lindos corpos
Arrogantes, maldizentes definharão queimando como fogo

Pois bem, não viva de ilusão
A força quem faz é a nossa união
A verdade pro inimigo é como um monstro
Um monstro assassino sem compaixão
É assim que tem que ser desse jeito
Pra que se acabe de uma vez a repressão
Matarão ou morrerão? Quantos serão?
Depois que a bomba estourar
Só não se sabe quem vai chorar
Ou quem vai sacrificar seu filho na fogueira
Sempre tem mais um espaço aberto na sarjeta
Liberdade

Corruptores, maliciosos, prevaricadores
Invejosos, traiçoeiros, inquisidores
Um aponta o cano da arma
O outro afia a língua como a espada
Pra roubar, matar e destruir
Toda forma de esperança que venha a existir

Liberdade em meio ao caos
Porque a paz não está aqui
São só lamentos

Liberdade em meio ao caos
O opressor precisa cair
São só lamentos






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