Meu rancho de palha
Meu campo de malha
Um rosto na talha
E a chuva na cara
Cidadão da mata
Eu sou
Cidadão da mata
Eu sou
A água na lata
A mesa tão farta
Perdido na data
Achei-me na mata
Cidadão da mata
Eu sou
Cidadão da mata
Eu sou
Um touro na raia
Um potro na baia
A gente não vai
Qualquer um que caia
Cidadão da mata
Eu sou
Cidadão da mata
Eu sou
Meu cão minha, minha gralha
A minha pirralha
Meu pão minha tralha
E um velho que malha
Cidadão da mata
Eu sou
Cidadão da mata
Eu sou
Meu rabo de saia
Comigo na praia
Mais se o dia raia
A gente trabalha
Cidadão da mata
Eu sou
Matador da vila
Não sou
Não sou...
Amo, amo a mata.
Porque nela não há preços, amo o verde que me envolve
O verde sincero que me diz que a esperança, não é a ultima que morre
Quem morre por ultimo é o herói
E o herói, é o cabra que não teve tempo de correr...