Enquanto eu viver que seja assim
Sem saber por que e pra que que eu vim
Quero surpreender principalmente a mim
Não quero crer que poderei querer
Mais do que deva ter
Nem quero adormecer
Certo de que amanhã serei quem hoje eu fui
E quando eu morrer que seja assim
Pois quem vai saber se é mesmo o fim
E não quero ver ninguém chorar por mim
No envelhecer do tempo
Deixo minha voz, tijolo, cimento
E um bom sentimento.
Pra que um monumento
Seja erguido dentro de um coração
Quero ser um sol nascendo ao mar
Bem vindo e dourado
Sorrindo, lindo como um desenho infantil
Quero um arrebol pintando o céu
Num tom vermelhado
Que vai aos poucos se tornando anil.
Composição: Arthur Espíndola