Nasce um ser
E numa simples palmadinha, chora
Como se fosse um brado de guerra, chora
Anunciando a sua jornada
Pelo mundo afora, chora
Mais um soldado
Pra guerra do cotidiano, chora
Onde a lei é nascer, lutar e morrer, chora
Procura afastar nas batalhas
Seus desenganos, chora
Muito terá que chorar pra vencer
E vai ter sempre à sua frente
Como um rival permanente
Como um eterno oponente
O dia de amanhã
Alegria, surpresa, tristeza, decepção
Palavras sempre vivas nesse mundo cão
Buscando sim, achando o não
E mesmo assim não pode deixar de lutar
E sempre tentando encontrar a luz
Cada vida um destino
Cada destino uma cruz