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Som de Cristal

António Zambujo

A casa noturna
Se mantém à noite
Em clima de festa
De longe se ouvem
Vários instrumentos
De cordas e metais
Boémios bebendo
Cantando e dançando
Ao som da orquestra
Um som estridente
Que lhe deu o nome
De Som de Cristal

A casa noturna
Boite falada
Lugar de má fama
Com as portas abertas
Durante a noite
Entra quem quiser
Porém nessa noite
Sem que eu esperasse
Entrou uma dama
Fiquei abismado
Porque se tratava
De minha mulher

Ela se cansou
De dormir sozinha
Esperando por mim
E nessa noite
Resolveu dar fim
Na sua longa e maldita espera
Ela não quis mais
Levar a vida de mulher honrada
Se na verdade
Não adiantou nada
Ser mulher direita
Conforme ela era
Ela decidiu
Abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas
Que fazem ponto
Naquele lugar
A minha vida
Muito mais errante
Agora continua
Transformei a esposa
Em mulher da rua
Na mais nova dama
Do Som de Cristal

A casa noturna
Boite falada
Lugar de má fama
Com as portas abertas
Durante a noite
Entra quem quiser
Porém nessa noite
Sem que eu esperasse
Entrou uma dama
Fiquei abismado
Porque se tratava
De minha mulher

Ela se cansou
De dormir sozinha
Esperando por mim
E nessa noite
Resolveu dar fim
Na sua longa e maldita espera
Ela não quis mais
Levar a vida de mulher honrada
Se na verdade
Não adiantou nada
Ser mulher direita
Conforme ela era
Ela decidiu
Abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas
Que fazem ponto
Naquele lugar
A minha vida
Muito mais errante
Agora continua
Transformei a esposa
Em mulher da rua
Na mais nova dama
Do Som de Cristal






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