Tens um globo nos pés
Que te põe a circular
Rodas-te de lés a lés
Na roleta de tentar
Rodas-te de lés a lés
Que há sempre alguém pra enganar
Nos teus dedos a mexer
Pões o preço da beleza
Que é um favor da natureza
E tu andas-te a vender
Graça da mãe natureza
Devias agradecer
Ai, minha pena
Que não te posso tocar
Ai que dilema seres só regalo pr'á vista
Ai, minha pena
Que não te posso alcançar
Que pena não saberes dar
Ai, que pena seres vigarista
Pões convites no olhar
E certezas no sorrir
Teu corpo é uma ilha
Pra onde eu queria fugir
Cerco, prisão, armadilha
Aonde eu queria cair
Tens um globo nos pés
Cabeça fria a girar
Tens um globo nos pés
Cabeça fria a girar
Que pena seres como és
Perigosa forma de ser
Que pena eu saber quem és
Gostava de me perder
Ai, minha pena
Que não te posso tocar
Ai que dilema seres só regalo pr'á vista
Ai, minha pena
Que não te posso alcançar
Que pena não saberes dar
Ai, que pena seres vigarista
Ai, minha pena
Que não te posso tocar
Ai que dilema seres só regalo pr'á vista
Ai, minha pena
Que não te posso alcançar
Que pena não saberes dar
Ai, que pena seres vigarista
Que não sais da minha vista
Que pena seres vigarista