Encaro o espelho, vejo uma imagem distorcida
Pelo angustiante desespero que me habita
Vejo nos meus olhos perversos, fingimento
Imagens e vozes surgem a todo o momento
Senti-me vazia por intermináveis instantes
Entorpecida pelo dor, sem argumentos
Para explicar minha inabalável feição
Que faz arder os cortes e sangrar sem compaixão
Já não quero saber o que vem pela frente
Sou apenas um corpo inerte, sem vida
Por favor me pegue pela mão
Me salve dessa escuridão
Todos os olhares me atormentam
Meus sonhos viraram pesadelos
Talvez possa chamar de indiferença
Essa loucura que me afeta e me prensa