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A Morte do Canoeiro

Anacleto Rosas Jr


Naquela tarde sombria, do dia seis de janeiro

Eu vou contá pra voceis, a morte do Canoeiro

Levaro rede e canoa, ele e o seu companheiro

Os coitado não sabia, que era o dia derradeiro ai ai.



Companheiro bate o remo, que o Rio Pardo ta enchendo

Já está cobrindo a proa, nem a marge não to vendo

Ele remava ligero, mas não tava percebendo

Que pro lado da cachoeira, a canoa ia deceno ai, ai.



Pescadô e canoeiro, suas oração fazia

Tava na hora marcada, já tinha chegado o dia

Lutando côa correnteza, inté úrtima agonia

E depois de meia hora, nem a canoa se via ai , ai



A correnteza roncava, a canoa foi enchendo

A tempestade arrasava, o céu foi escurecendo

Relampiava e trovejava, a natureza tremendo

Os grito já foi sumindo, foro desaparecendo ai, ai.


Adeus o rio criminoso, o canoeiro grito

Deu côa mão a despedida e nas água se afundô

Dexaro muiê e fio, destino é que separo

Acabo-se o canoeiro, a canoa e pescadô ai, ai.






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